"Who will save your soul If you don't save your own."
A segunda parte. Nesse 'capítulo' já se pode encontrar referências de realidade fazendo os pequenos contos fluirem para um único conto apenas. Paralelo a isto temos outra série de contos sendo criadas. Organizar tudo seria muito difícil. Quero opiniões, por favor, não é a toa que peço aos meus amigos para lerem.
"And I know its not right And I guess I should try To do what I should do"
Passava o dia todo atrás daquela mesa. Indo de papéis à sites e impressos e anotações à cartas e livros manuscritos. Desejava sempre a hora de voltar. Caminhava lentamente pelos corredores ignorando as pessoas até o seu ateliê e lá se trancava durante a tarde. Memórias eram jogadas nas telas. Memórias de sonhos, realidades impossíveis, desejos que ninguém sabia onde estavam. Perdia horas e mais horas e quase sempre se atrasava embora não houvesse quem percebia isso, exceto talvez o porteiro do prédio com quem nunca falva. O porteiro poderia pensar várias coisas, mas sempre saía só. Nunca ninguém junto. Nunca.
O velocímetro do carro que nunca passara dos 80km/h essa tarde chegou aos 140km/h. Queria chegar logo. O caminho também era um que nunca antes pegara. Auto estrada. No banco do passageiro alguns impressos daqueles que via na sua frente naquela mesa. Um e-mail carinhoso, um mapa do país comprado às pressas numa banca no meio do caminho, uma hidrográfica vermelha que traçou o caminho descrito no e-mail naquele mapa, Guia 4 Rodas atualizado para saber onde estariam os pedágios e postos policiais onde deveria desacelerar - não queria que nada atrazasse sua viagem, esperou muito até esse dia, trabalhou muito para poder fazer isso -, GPRS ligado e celular ao lado com antena extra par anão perder sinal em lugar algum do trajeto. Toda atenção para que não perdesse a ligação que esperava. Ela poderia mudar tudo, essa ligação, exceto a decisão de ir e ir. Seriam milhares de quilômetros atrás do volante. Milhares de quilômetros com o som do carro perto do último volume. Na carroceria lá atrás as malas, os presentes e os pertences de um sonho que estava só há algumas horas de realizar. Um sonho que buscou por meses, anos... E agora estava p´roximo de acontecer. Seu coração não cabia em seu peito e o sorriso misturava-se às lágrimas emocionadas, nada que lhe atrapalhasse de ver o caminho a sua frente, os outros carros, os caminhões, as curvas perigosas. Dirigia como um louco fugitivo. Talvez estivesse mesmo fugindo, fugindo de seu passado em busca do futuro promissor. Por mais que as frustrações pudessem vir, acreditava em si, tinha força e vontade mais doque suficiente. E tinha aqueles que apostavam em sua sorte e lhe tinham admiração. Mas fazia por si, não pelos outros. Era a sua viagem, seu sonho, sua realidade.
"And I know its not right And I guess I should try To do what I should do"
Passava o dia todo atrás daquela mesa. Indo de papéis à sites e impressos e anotações à cartas e livros manuscritos. Desejava sempre a hora de voltar. Caminhava lentamente pelos corredores ignorando as pessoas até o seu ateliê e lá se trancava durante a tarde. Memórias eram jogadas nas telas. Memórias de sonhos, realidades impossíveis, desejos que ninguém sabia onde estavam. Perdia horas e mais horas e quase sempre se atrasava embora não houvesse quem percebia isso, exceto talvez o porteiro do prédio com quem nunca falva. O porteiro poderia pensar várias coisas, mas sempre saía só. Nunca ninguém junto. Nunca.
O velocímetro do carro que nunca passara dos 80km/h essa tarde chegou aos 140km/h. Queria chegar logo. O caminho também era um que nunca antes pegara. Auto estrada. No banco do passageiro alguns impressos daqueles que via na sua frente naquela mesa. Um e-mail carinhoso, um mapa do país comprado às pressas numa banca no meio do caminho, uma hidrográfica vermelha que traçou o caminho descrito no e-mail naquele mapa, Guia 4 Rodas atualizado para saber onde estariam os pedágios e postos policiais onde deveria desacelerar - não queria que nada atrazasse sua viagem, esperou muito até esse dia, trabalhou muito para poder fazer isso -, GPRS ligado e celular ao lado com antena extra par anão perder sinal em lugar algum do trajeto. Toda atenção para que não perdesse a ligação que esperava. Ela poderia mudar tudo, essa ligação, exceto a decisão de ir e ir. Seriam milhares de quilômetros atrás do volante. Milhares de quilômetros com o som do carro perto do último volume. Na carroceria lá atrás as malas, os presentes e os pertences de um sonho que estava só há algumas horas de realizar. Um sonho que buscou por meses, anos... E agora estava p´roximo de acontecer. Seu coração não cabia em seu peito e o sorriso misturava-se às lágrimas emocionadas, nada que lhe atrapalhasse de ver o caminho a sua frente, os outros carros, os caminhões, as curvas perigosas. Dirigia como um louco fugitivo. Talvez estivesse mesmo fugindo, fugindo de seu passado em busca do futuro promissor. Por mais que as frustrações pudessem vir, acreditava em si, tinha força e vontade mais doque suficiente. E tinha aqueles que apostavam em sua sorte e lhe tinham admiração. Mas fazia por si, não pelos outros. Era a sua viagem, seu sonho, sua realidade.